O poderoso produtor Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual e moral por dezenas de mulheres, entre atrizes e funcionárias de sua produtora, a The Weinstein Company. Ashley Judd contou sua história em outubro e, a partir daí, novos casos apareceram como uma avalanche. As denunciantes famosas deram força à acusação: Léa Seydoux, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie, Mira Sorvino e várias outras. A mais recente, em dezembro, em uma texto publicado no New York Times, foi Salma Hayek. Weinstein foi demitido de sua empresa, foi expulso da Academia e sua mulher pediu o divórcio.
A este, surgiram várias outras denúncias de assédio sobre outros nomes famosos. Dustin Hoffman foi acusado por, pelo menos, três mulheres. O diretor e produtor John Lasseter pediu licença da Disney/Pixar por “conduta imprópria”. O diretor Brett Ratner é acusado por seis mulheres, entre elas as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge. E houve o caso Kevin Spacey: acusado por vários homens de assédio sexual quando dirigia um teatro em Londres e nos bastidores da série “House of Cards”. Ele foi demitido da série, sua participação no filme “Todo o Dinheiro do Mundo” foi substituída por Christopher Plummer e o Emmy cancelou uma homenagem que seria feita ao ator. Em dezembro, a revista Time elegeu essas mulheres como “Pessoas do Ano”, as chamando de “The Silence Breakers”, as “rompedoras do silêncio”.