A presidente Dilma Rousseff (PT) foi cautelosa em seu discurso na cerimônia de assinatura do acordo de mudanças climáticas que aconteceu, nesta sexta-feira (22), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos. No final de seu pronunciamento, ela falou de forma sutil sobre a crise política que o Brasil atravessa e evitou falar em golpe, como era esperado no mundo político e anunciado em vários jornais.
"Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave problema que vive o Brasil. É um grande País, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e chegar a uma pujante democracia. Nosso povo é trabalhador e saberá impedir qualquer retrocesso", disse a presidente Dilma Rousseff. Ao terminar seu discurso se disse "grata" aos líderes que expressaram solidariedade a ela.
No início do seu pronunciamento, a presidente Dilma disse que é fundamental ampliar o financiamento do combate à mudança do clima par além do compromisso de 100 bilhões de dólares anuais. “É necessário que o setor privado desenvolva um esforço robusto de redução de emissões de gases poluentes. Ela também falou sobre a importância da redução da desigualdade social para contribuir na redução dos problemas climáticos. “Sem a redução da pobreza e da desigualdade, não será possível vencer o combate à mudança do clima”, declarou a presidente.
Temer no poder
Esta foi à primeira viagem de Dilma ao exterior, depois no início do processo de impeachment na Câmara dos deputados. Dilma chegou a cancelar três viagens ao exterior por conta do agravamento da crise política em Brasília. Com a sua ausência no País, o vice-presidente assumiu o comando do País e permanecerá até o terno da presidente, programa para este domingo (24).