As prisões que aconteceram na manhã desta quinta-feira (24), quando 13 servidores públicos da Prefeitura de João Pessoa, estavam entre os presos, geraram polêmica sobre suposta omissão da prefeitura na fiscalização dessas fraudes. As prisões aconteceram durante a Operação Parcela Débito deflagrada para investigar irregularidades na folha de pagamento do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM).
No entanto, de acordo com o superintendente do Instituto de Previdência Municipal (IPM), Diego Tavares, medidas sempre são tomadas no sentido de prevenir estas fraudes e tornar transparente o instituto.
"Desde que eu assumi o instituto, já nesta missão de transformar ele em mais transparente, mais legítimo, nós tínhamos 304 servidores e fechamos o mês de julho com 176. Ao longo deste semestre, a gente foi tomando medidas, sempre em parceria com a Controladoria do Município a algumas ações com o ministério público, então nestas ações, nós tomamos a medida de reduzir esta folha", explicou.
Segundo ele, em algumas medidas já foram devolvidos mais de R$ 2 milhões à Prefeitura de João Pessoa. "No primeiro trimestre de 2016, em algumas medidas que nós tomamos, devolvemos a prefeitura de João Pessoa, R$ 2,4 milhões. Criamos uma comissão de revisão de todas as aposentadorias também", disse.
O controlador geral do Município, Severino Queiroz, explicou como funcionavam as fraudes. De acordo com ele, foi possível identificar as irregularidades através de um relatório de auditoria.
"Nós, a partir de um relatório de auditoria da controladoria geral do Município, identificamos irregularidades na folha de pagamento do instituto de previdência, na qual havia a inserção de gratificações irregulares que ao final, na hora da relação de crédito bancário, se gerada, esses valores não iam para a conta dos beneficiários e sim para a conta de terceiros", explicou.
Assista à entrevista.