“Não é possível determinar a abertura de um processo com provas tão frágeis, que sequer são passíveis de credibilidade.” A declaração da relatora Nilza Carolina Albuquerque, em relação ao processo que investigava um possível esquema de compra de resultados, põe fim à expectativa de algumas alas que atuam no futebol paraibano (clubes e dirigentes), de que a ação tivesse um desfecho diferente.
Nesta sexta-feira (12), o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) pediu o arquivamento do processo, que pedia a abertura do inquérito. O motivo foi um áudio que circulou nas redes sociais, supostamente gravado pelo jogador Walter (ex-zagueiro do Botafogo), afirmando que o time teria sido favorecido em uma partida do Campeonato Paraibano 2015. Segundo a gravação, a afirmação da compra do resultado foi confirmada no vestiário pelo hoje vice-presidente de futebol do clube, Breno Morais.
De acordo com Nilza Carolina, nem a própria perícia do áudio que foi solicitada ao Instituto de Polícia Científica da Paraíba foi entregue e por isso, não há provas materiais consistentes para que alguém possa ser acusado de algum crime cometido neste caso.
O presidente da côrte, Lionaldo Santos Silva, declarou em seu despacho que o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol de São Paulo até ontem, nem havia enviado a íntegra do depoimento do zagueiro Walter, nem ao menos avisou se o atleta tinha sido ouvido pelo órgão paulista, mesmo com diversos ofícios enviados.
Foram citados na ação o ex-jogador do Botafogo, Walter Januário de Paula Júnior, o vice-presidente de futebol do clube, Breno Morais, além do árbitro João Bosco Sátiro.