O funk das “potrancas” e das “cachorras” parece ter ficado nos anos 2000, de fato. Em uma onda crescente de discursos de empoderamento feminino e a discussão sobre a violência de gênero – inclusive, tema do Enem este ano –, as funkeiras também assumem uma postura de protagonismo. Nomes como Anitta, Valesca Popozuda, MC Carol e MC Mayara são algumas das representantes dessa nova linhagem.
MC Marcelly se une a essa frente com o lançamento de seu primeiro CD da carreira, Dona da Noite. Em 14 faixas, há músicas para todos os gostos, desde as mais dançantes, as baladas e as letras com assuntos mais sérios. “Eu entrei nesse projeto com a Universal com a ideia de levar minha proposta, meu som, para um público maior. Dei uma suavizada em algumas coisas, mas o que está no disco sou eu, sem tirar nem por”, explica Marcelly.
O disco reúne músicas novas e sucessos da MC carioca, como “Bigode Grosso”, que já atingiu 25 milhões de visualizações no YouTube (https://youtu.be/4OwNRiKYcBQ).
O primeiro single de divulgação trata justamente sobre o problema da violência doméstica: “Não se brinca com mulher”. O clipe foi motivado por um caso bem próximo a Marcelly: o assassinato de sua amiga, a também funkeira Amanda Bueno, pelo próprio noivo.
“Eu fiquei em choque. A gente sempre vê nos jornais essas histórias e acredita, bem inocente, que aquilo não vai acontecer com alguém próximo da gente”, comenta Marcelly, em entrevista ao CORREIO. “Fui uma das primeiras pessoas que ficaram sabendo da morte da Amanda e aquilo mexeu muito comigo”, relata.
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