Interpretando uma garota cega e surda, Patty Duke marcou a história do cinema e ganhou o Oscar de atriz coadjuvante em 1963. O filme é O Milagre de Anna Sullivan (1962), e é uma história ainda mais impressionante se você soube que esta criança, impossibilitada desde o nascimento de qualquer comunicação com o mundo exterior, se tornou uma escritora, conferecista e ativista social: Helen Keller (1880-1968). Patty Duke morreu ontem, aos 69 anos.
Ela tinha 12 anos quando interpretou a personagem no teatro e 16 anos quando a peça foi adaptada para o cinema. A Anna Sullivan do título é a professora vivida por Anne Bancroft (que também ganhou o Oscar) que consegue ensinar uma linguagem para Helen Keller.
Ao vencer o Oscar, Patty se tornou a pessoa mais jovem até então a ganhar o prêmio (descontados os Oscars especials infantis concedidos nos anos 1930 e 1940).
A partir daí, Patty Duke teve seu próprio show de TV, The Patty Duke Show, e teve destaque em filmes como O Vale das Bonecas (1967). Sua carreira na TV rendeu três Emmys - o terceiro, pela versão televisiva de O Milagre de Anna Sullivan (1978), desta vez interpretando a professora.
Nos anos 1980, ela foi presente do sindicato dos atores de cinema nos EUA (o SAG) e se envolveu em causa em prol dos portadores de Aids, pela igualdade de direitos e pelo desarmamanto nuclear e revelou sofrer de transtorno bipolar, tema de uma de suas autobiografias. E era mãe do ator Sean Astion, de Os Goonies e da trilogia O Senhor dos Aneis.
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