Procurando Dory (2016) entra em cena com uma grande vantagem e um grande desafio. A vantagem é a herança positiva do filme do qual ele é continuação: Procurando Nemo (2003) é muito querido pelo público e ainda um dos melhores filmes da Pixar. O desafio é suportar exatamente esse peso e não fazer feio frente ao original.
Feio, o novo filme não faz. Aposta em elevar a protagonista aquela que era a melhor coadjuvante do primeiro filme (e uma das mais memoráveis de todos os filmes da produtora). Com isso, Dory, que não tinha passado em Nemo e cuja perda de memória era na maior parte do tempo um (ótimo) suporte cômico, ganha uma história para si, surpreendentemente dramática, aliás.
O filme, no entanto, demora a parecer mais que “apenas mais um episódio da franquia”. Do meio pro fim, ele ganha densidade, vai respondendo aos poucos a perguntas do passado da personagem (como ela aprendeu baleiês?) e forma uma boa dupla entre a personagem e o polvo dublado por Antonio Tabet.
“Procurando Dory”
Finding Dory. EUA, 2016
Direção: Andrew Stanton.
Vozes na dublagem brasileira: Maíra Góes, Antônio Tabet
Em cartaz em JP, CG, Patos, Guarabira e Remígio