Segundo a Munic do IBGE, a Paraíba é o 3º estado do Nordeste com menos serviços de emergência 24h. São 137 municípios que disponibilizam o atendimento. Porém, em 63 destes, os pacientes precisam ser transportados ou referenciados para outros municípios.
Até na Capital, o atendimento é difícil. A auxiliar de serviços gerais, Ivanilda dos Santos, sentiu fortes dores por conta de pedras nos rins. Procurou a emergência do Hospital Edson Ramalho e passou horas esperando atendimento. “Cheguei às 10h50 e saí às 16h40. Aplicaram soro e remédio. A dor passou e fui para casa. No outro dia, senti mais dores e voltei. Estou aqui esperando atendimento”, relatou.
A reportagem questionou à Secretaria Municipal de Saúde sobre o problema, mas, em resposta, a assessoria se limitou a dizer que a cidade tem três hospitais municipais de urgência e emergência.
Poucos leitos de UTI neo-natal
Outro destaque do Estado é quanto aos leitos de UTI neonatal: apenas quatro municípios possuem o serviço público ou conveniado ao SUS. No Nordeste, só são encontrados índices menores em Sergipe e Piauí.
Na Capital não está faltando vagas, mas também não está sobrando, segundo a tenente Roberlândia Freire, diretora da regulação municipal.
No Hospital Edson Ramalho, a taxa de ocupação da UTI neonatal, que conta com 10 leitos fica entre 70 e 80% e a de ocupação hospitalar é 100%, segundo a gerente de enfermagem da UTI neonatal, capitã Vanusa Sabino.
“Quando estão todas preenchidas, os bebês menos graves são remanejados para a unidade de cuidados intermediários, com quatro vagas”, disse.
A gerente informou que os municípios estão tentando vincular o atendimento no próprio município, para não superlotar a Capital.
Mas, de modo geral, a pesquisa revelou que a Paraíba é o 3º estado do Nordeste que mais precisa referenciar pacientes para exames e internações em outros municípios, são 166 municípios nesta situação.
Assim vai a saúde
- 188 municípios fazem suplementação de ferro nas crianças: 3º que mais faz no NE
- 7 é o total de municípios que têm serviços de nefrologia. PB é o 4º pior do NE.
- 44,8% dos gestores de saúde, menos da metade, têm ensino superior, 69 com graduação.
- 143 gestores de saúde são mulheres
- 99,8% dos municípios do Nordeste têm a Estratégia Saúde da Família